Dia 1 de Agosto de 2009, 10 horas da manhã.
Finalmente chegou o dia pelo qual já falava em quase todas as conversas que mantinha com amigos e conhecidos, do tipo: “Então já estás de férias?”, ou “ Quando vais de férias e para onde?” ou então “estou farto disto, nunca mais chegam as férias”, mas esse dia já cá canta e eu já estou de partida para 15 dias na minha casa de Buarcos, uma vez que não dá para mais.
Finalmente vou começar a acordar cedo para ir ao pão, comprar o “record” para ficar a saber das transferências e novidades do mundo da bola, para beber café e comer uma nata acabada de sair, aproveitando claro para dar o primeiro passeio do dia com o cão, tomar logo o primeiro pequeno almoço do dia e voltar para a cama e dormir até voltar a acordar.
Vou também começar aquela rotina nacional de ir para a praia com a família, indo sempre montar o chapéu-de-sol aquando do passeio com o cão, uma vez que moro en frente á praia, sendo apenas necessário atravessar a estrada, ler o jornal deitado ao sol a abobrar, se não adormecer entretanto e apanhar o verdadeiro escaldão tão típico dos tugas, ficar com a miúda enquanto ela vem adiantar o almoço.
Depois de almoço, e do belo melão de sobremesa, vamos beber café todos, para parecermos muitos, ao GIS ou a um qualquer café, onde compramos sempre porcarias para satisfizer os desejos dela, pois em férias tudo é permitido e tolerado uma vez que são das poucas oportunidades que qualquer um de nós tem para se dedicar 100% á família durante o ano e por isso não se olha a despesas, muitas vezes sabe deus.
Durante a tarde a rotina não difere muito da manhã, salvo as devidas diferenças, mas vamos primeiro até aos baloiços, devido ao tempo da digestão e ás horas de maior calor, mas entre brincadeiras e passeios com o “piruçinhas” lá passam as horas e voltamos para a praia, onde permanecemos até que o pôr do sol ou o vento ou coisa parecida nos obrigue a abandonar o areal, visto que tirá-las da água e dos mergulhos nas ondas por vezes é tarefa difícil.
Depois o jantar, novamente aquela cena do pós refeições, com os desejos das crianças quase sempre satisfeitos, falta a tão tradicional portuguesa volta nocturna em jeito de caminhada, depois de um jantar onde geralmente os homens ajudam as mulheres a arrumar a loiça, ou porque estão num parque de campismo e os lava loiças ficam fora da tenda e eles vão ajudar, ou porque férias são para todos e não têm os amigos á espera no café lá da terra.
Depois de alguns dias nesta rotina “relaxante”, ou não, começamos a ficar cansados das férias e a desejar que comece novamente uma rotina, que embora mais cansativa, nos traz pelo menos dias quase sempre diferentes e com mais vantagens.
Todos nós como Portugueses nos revemos neste quadro, uns mais outros menos, mas não fiquem a pensar que eu sou contra as férias, nem pensar, sou é da opinião que poderiam ser divididas em semanas ao longo do ano, reconhecendo que traria mais inconvenientes ao funcionamento das nossas sociedades industriais e económicas, tornando-a quase impossível de pôr em prática.
Boas férias para todos, e um regresso em grande ao nosso Portugal a sério.
sábado, 1 de agosto de 2009
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