O Sr. Governador do Banco de Portugal resolveu vir morder na mão que lhe deu de comer, ou seja, os deputados (Os do PS, entenda-se), e veio fazer declarações que para além de lhe ficarem bastante mal, são inoportunas e inadequadas.
O Sr. Constâncio disse que a comissão de inquérito ao BPN, não veio acrescentar nada ao processo, que veio inclusive prejudicá-lo e que nada esclareceu que não fosse já sabido pela investigação, disse ainda que não via autoridade ao parlamento para uma comissão de investigação para este tipo de casos.
Ora o Sr. Governador deve ter sido o único português que não ficou esclarecido e que não tem a certeza que o Banco de Portugal foi pelo menos conivente com a situação, que a supervisão falhou em todos os moldes e que o mesmo Banco de Portugal fez de escravo destes senhores, não nos podemos esquecer que todos os envolvidos têm ligações a partidos políticos. Disse também que pequenas falhas de supervisão é normal em qualquer sistema financeiro, mas não disse que é o 2º director de bancos centrais mais bem pago do mundo, sendo apenas supera do pelo governador do banco central europeu.
Não me parece também que ele tenha acesso aos processos judiciais e em investigação por parte do ministério público, porque se tiver é já por si só bastante grave, e ainda por cima nem sequer pode por em causa qualquer comissão aprovada no parlamento, seja por maioria como esta, ou outra qualquer, porque se calhar ainda não lhe disseram que o parlamento é o mais importante órgão de representação popular e é eleito para o efeito.
O Sr. Constâncio fazia um favor ao país e a ele mesmo, se fosse para casa descansar, fazer uma formação cívica intensiva, umas aulas de humildade e acima de tudo lições de democracia para ele aprender a lidar com a crítica e saber reconhecer que não é infalível como qualquer mortal.
domingo, 12 de julho de 2009
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