Estranha (des) igualdade

Vi com algum agrado a noticia de que um troço de autoestrada iria ser alterado, vai ser feito um túnel ou uma outra qualquer passagem, devido ao facto dotraçado inicialmente previsto ir afectar o habitat de uma espécie de rato castanho, ora eu vi isto apenas com algum agrado, pois aliado a essas supostas preocupações com o ratinho castanho, bem bonito a avaliar pela foto do "público", em Portugal costumam vir as alterações de projecto para satisfazer alguns interesses, se não for o benefício de "alguns senhores", pelo menos essas alterações servirá para acrescentar uns milhares de Euros ao custo inicial e para justificar as gigantescas derrapagens das obras públicas em Portugal, mas de qualquer maneira ou sob qualquer justificação sou sempre um apoiante da igualdade de direitos quando se trata dos animais. Mas quando voltei a desfolhar o jornal, passou-me logo o "orgulho" no país, é que na página seguinte estava a notícia que na aldeia Portuguesa de seu nome Branca, vai ser construída a terceira autoestrada no raio de 4 Kilómetros , destruindo inclusive um parque arqueológico, dando o ministro Mário Lino, as estradas de Portugal e a brisa como justificação o superior interesse da área urbanizada, ou seja da população, vindo a saber no desenvolvimento dessa notícia que ás pessoas foi dada a escolha entre passar dentro da aldeia , o que faria com que tivesse de ser mudada, no deu todo ou em parte, ou seria atravessada, o que faria com que os que resistissem em ficar tivessem um nível de vida tão desagradável que eles próprios iriam embora. Mesmo assim quer-me parecer que somos um país demasiado pequeno para ter 3 autoestradas Lisboa- Porto, muito menos que passem 3 autoestradas num raio tão pequeno, principalmente quando não beneficiam em nada as pessoas que vêem cercar, talvez os ratos sejam mais iguais que estas pessoas, o que me preocupa, pois vindo de poderes " superiores", tem que haver dinheiro misturado, senão pouco importava se lá havia ratos ou outra coisa qualquer.
É caso para estas pessoas dizerem: três autoestradas na nossa aldeia "jamais".