quarta-feira, 8 de julho de 2009

Formação de adultos

Entendendo eu que fui um dos que tive a sorte, depois de uma doença pelo menos preocupante, de poder cumprir o sonho, embora modesto se calhar, de poder certificar os meus conhecimentos e ainda por cima receber por isso o que se calhar dificulta um bocado a tarefa dos formadores, pois não sendo propriamente voluntária a forma dessa certificação pode mudar logo radicalmente a disposição de quem os frequenta, ou seja, deixa de ser só a vontade de aprender e de saber mais alguma coisa o único motivo para a frequência dos mesmos. Sendo que as idades são também diversas e os níveis de educação e respeito da parte dos seus frequentadores, por vezes, deixam também muito a desejar.
Mas tenho que prestar a minha mais respeitosa homenagem a quem, duma maneira geral, se esforça mais de que se calhar lhe apetece, para tentar ensinar ou valorizar alguma coisa a quem por vezes não está minimamente para aí virado. Outro dos grandes problemas dessas formações pagas é que muitas das pessoas que iniciam a sua frequência, o fazem unicamente para não perderem os direitos a rendimentos e outras formas de valorização da preguiça, e não para aprenderem, o que faz com que reprovem por faltas, com que tirem cursos de mecânica e a seguir de pontos de Arraiolos, etc,etc,etc. Ora essas pessoas quando chegam a essas formações, dão-se ao direito de exigir condições e de não respeitar regras, de pensarem que são as coisa que têm de se adaptar a elas e nunca o contrário, de rebaixar quem chega de novo e talvez o mais grave de tudo, que é o mau costume de fazerem o que bem entendem se o mínimo respeito por quem está á sua frente a tentar partilhar um bocado dos seus conhecimentos e que muitas das vezes devem pensar que se fosse uma turma normal do secundário agiria disciplinarmente contra essas pessoas, que roçam muita das vezes a falta de educação, mas como se costuma dizer. "Filho de burros não pode sair cavalo".
Como me considero suficientemente humilde para admitir que se calhar também não faço tudo o que estaria ao meu alcance e que pudesse mudar a situação, escolhi este blog para prestar a minha homenagem e admiração a quem insiste em ensinar, mesmo com estas condicionantes todos, sendo que também sempre me agradou ser ensinado por quem sabe mais e principalmente quem demonstra nítido gosto em fazê-lo.
Sem querer ser demasiado egoísta e reconhecendo que os formadores com quem lido têm a maioria destas características, deixo especialmente para eles o meu sincero obrigado!

2 comentários:

  1. Cuidado! Eu fiz um curso em Portugal pago pela Comunidade Europeia e após este não pude exercer profissão porque esta não existia!
    "Deixa-me rir, essa história não é tua", cantaria o Palma e, é certo, a história, tenho a certeza absoluta não é minha, mas de muitos outros, tambem!
    Quanto aos formadores, é como a água, se bebemos dela e nos sabe bem sem acarretar difterias ou congéneres, tudo raso! Se porém, ela nos sabe a lodo (mesmo que seja potável) e nós entramos de cabeça baixa a querer levantar pó, tudo mal... e o problema é que água a saber a lodo por vezes é mais saudável que a tratada nas grandes estações.
    Se queres agradecer a alguem, estende-lhe a mão.
    Estou ansioso para voltar a estar contigo. Frente a frente, cada qual com o seu mau feitio!
    Cumps

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  2. Posso dizer que tenho grandes pessoas a dar-me formação, embora se simpatize sempre mais com uns do que com outros, tive já a oportunidade de expressar a minha opinião sobre eles pessoalmente. Quanto ao problema de depois não existirem saídas profissionais, será sempre um risco a correr, contando que se houver algum empenhamento e gosto pela aprendizagem, algum empenhamento e aplicação da minha parte, tenho sempre mais possibilidades do que se encarar tudo de uma forma derrotista e caso depois tenha alguma dificuldade em ser logo colocado, tenho sempre a oportunidade de voltar á construção civil, que foi o que eu fazia antes de me ser detectado um problema de saúde que me impedia de exercer com o minimo de dignidade e resistência fisica aquela que foi durante inumeros anos a minha profissão e até acho que o ter vindo do mundo do trabalho e não do subsidio que me permitiu adaptar e saber reconhecer que isto podia ser uma oportunidade única para mim.

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