quarta-feira, 8 de julho de 2009

O velho

Parado e atento á calma do silêncio,
Dum relógio partido e gasto pelo tempo,
Estava um velho sentado num banco do jardim,
A recordar fragmentos do passado,
Na telefonia tocava uma velha canção,
E um jovem cantor falava da solidão,
Mas que sabes tu do tempo de estar só assim,
Só e abandonado como um velho no jardim,
Passam os dias e sentes que és um perdedor,
Já não consegues saber o que tem ou não valor,
Sabes eu acho que todos fogem de ti, para não ver,
A imagem daquela solidão que irão viver,
Quando chegarem a ser como tu,
Um resto de tudo o que existiu ou Apenas,
Um velho sentado num banco de jardim!

in, pássaros do sul da Mafalda Veiga

Faço destas palavras a minha homenagem e simultânea preocupação com a maneira que são tratados aqueles que dedicaram uma vida a melhorar as nossas condições de vida e que alguns deles senão a maior parte deles, sofreram bastante para nos dar o bem mais precioso, a liberdade. Preocupa-me principalmente que esses recursos que se deviam destinar a apoiar quem se sacrificou durante uma vida, em prol do país, para serem gastos com pessoas que se resignaram perante os apoios, e que se foram tornando progressivamente subsidió-dependentes, mas isso já são outros vinte e cinco tostões.
Ficamos a pensar se em vez de se dar o peixe não se deveria antes ensinar a pescar, mas temos de ter paciência.

4 comentários:

  1. Tenho que te dar mais uma patada! É favor nomear os autores a quem se recorre; antes errar ao fazê-lo do que ser acusado de plágio.
    Quero eu dizer que as palavras que usas -não sei se são inéditas dela- mas a Mafalda Veiga é que as canta.
    É bom sempre referir os autores, primeiro para nos tirar de cima a possível acusação de que estamos a querer ser reis com o trono dos outros; segundo porque, caso o conteúdo interesse ao leitor, pode-o levar a ir procurar a obra (integral ou parcial) do autor em casa, estando-se desse modo a contribuir de certo modo para o alargamento da cultura; terceiro: demonstra base cultural num determinado campo que pode levar, neste caso, os utentes do teu blogue a entenderem-te melhor, e, por conseguinte, talvez a participarem mais activos com os seus comentários.
    E já agora, olha, quanto aos "cês" cedilhados "é" pôr os pontos nos "is" e nunca os utilizar face a estas vogais.
    Quanto aos que nos "deram" a liberdade estão estrangulados, coitados... se vires a vergonha que é o filme "Capitães de Abril" duma tipa cujo pai é um "virtuoso" do piano, verás que a verdade se arrasta por ruelas da direita... e parafraseando o meu grande amigo (embora nunca lhe tenha apertado a mão) José Mário Branco digo: "...estas coisas até já não querem dizer nada... as palavras é só bolinhas de sabão".
    E após esta ensaboadela, cumps!

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  2. Não queria de modo nenhum ´plagiar seja quem for e em relação ao português correcto, sei bem que não é o mais perfeito, nem sequer quero ser o salvador do mundo, mas como tenho esta oportunidade de escrever o que penso, bem ou mal é sempre melhor do que ficar a ver o desenrolar dos acontecimentos ser ter opinião sobre nada, sendo precisamente essa atitude que mais convém a alguns. Estranho mas é imenso que tu te tenhas tornado num critico das opiniões dos outros e um corrector literário. Já agora posso-te dizer que este blog faz parte de um trabalho que pode contar para a nota final juntamente com o estágio e tenho até sido parabenizado por muita gente, se calhar também não sabem escrever.

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  3. Se calhar até tens razão... e muito provavelmente haverá muita gente a dar-te palmadinhas nas costas -se não fôr para te cravarem um cigarro ou pagares um copo, digo-te, tens amigos...
    Se me convidaste para visitar o teu blogue para eu andar com amens ao que tu dizes, então, continuas sem me conhecer.
    Tu afirmas: "como dizia a minha avó", "como os antigos já diziam" e pregas moralidades, ou procuras pregá-las, sem te lembrares do que o que meu avô tambem já dizia: vês o cisco no olho do outro, mas não argueiro que tens no teu.
    Repara que no meu blogue toda a gente pode dizer o que quiser sem andar com censuras; no teu blogue já não!!! Tu podes sempre optar por não publicar os comentários; se o fazes e depois assumes papel de vítima com garra para superar os antagonismos que o mundo, esse malvado, te levanta, porreiro. Porém, digo-te já, que se levas a mal uma crítica construtiva, ficas com um blogue às moscas.
    Essa treta de alguem te ter dito que o teu blogue é bom, cheira-me a esturro. Um bom blogue está repleto de comentários (ou pelo menos, de seguidores)
    O que não vejo por aqui.
    Muito mais te poderia dizer, mas não sou Moisés, menino... os crentes que permaneçam escravos por esses Egiptos fora, quero lá saber disso! E continua atento.
    E desculpa a minha soberba.
    Quanto a mim, continuas a escolher o diabo...

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  4. Não se trata de concordar ou não com a critica, mas sabes bam que não se trata de nenhum tipo de moralismo e a expressão " já a minha avó dizia" não passa de uma forma de expressão. Não defeni o blog sem moderação aconselhado por quem me ajudou a fazê-lo e para mim basta que eu esteja satizfeito e geralmente publico tudo. Não sei se neste momento me deixo afectar com facilidade com coisas banais como um blog, tenho mais com que me preocupar, muito menos quando em relação a ti só causa dúvidas por não serem debatidas pessoalmente e bem regadas, como nos antigamentes e já agora passa-me o Moisés pelos piiiiiii...
    Até breve!

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